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sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO! - mensagem

FELIZ ANO NOVO!

O orvalho do verão traz um novo ano e com ele propostas esquecidas e novas situações, que nossos erros se tornem acertos corrigidos pela experiencia do tempo e nossas decepções as alegrias perdidas, o coração seja aberto para entrada do perdão e do arrependimento das curvas mal feitas pelo tempo. Que o ano vindouro seja repleto de conquistas, amor e felicidades, à isso brindo com cada amigo e peço a Deus o verdadeiro e único exemplo de perfeição que derrame a força, a benção e muita paz sobre todos vocês, MEUS AMIGOS AMADOS.

Artur Cortez



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

MERA PAIXÃO - poema

MERA PAIXÃO

Vem e me deixar sem o ar
Teu corpo é extenção do meu
Você estar no meu caminhar
E eu estou com o andar teu

A cabeça guia eu ate você
E você aceita o meu chegar
Meu corpo quer teu corpo ter
E teu corpo quer meu corpo amar

Nossos corpos anuciam o verão
No encontro que ascende o amor
Nós ja somos a quente estação
Consolidada na primavera em flor

Artur Cortez

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

ÁRVORE SECA - poema

ÁRVORE SECA

Hei de viver com uma certeza!
Que molesta minhas lembranças
A cabocla de intensa beleza
A paixão das minhas andanças

A vida dar aulas em correções
Onde mostra o fim das escolhas
Separa o destino dos corações
Como árvore seca que desfolha

Artur Cortez

domingo, 11 de dezembro de 2011

MEU DESPERTAR - poema em sextilha

MEU DESPERTAR

Bem te vi bem-te-vi no alto da soleira
Teu canto é encanto da flor da roseira
Que abre se posta no aroma do amor
Enfeita as manhãs nas manhas de cor
Onde enobrece o céu de azul cardeal
E um olhar hipnótico ouvindo o pardal

Com o sol na manhã de ouro perfeito
Teu corpo me encanta servindo o beijo
O galo que canta desperta sua ninhada
E os grilos cantantes chamando à amada
Envolto meus braços animando a paixão
Pra ouvir a melodia e acordes da canção

Artur Cortez

NATAL DO FUTURO - poema

NATAL DO FUTURO

Feliz natal e ao próximo também
Que o ano vindouro diga amém
Que Deus seja contigo e os teus
O meu já esta sem muitos meus

Ao natal que vem estarei bem
Aqui com vocês ou dando gloria
Glorias ao cordeiro dono do bem
Ou aqui contando minha historia

Que o natal seja vivido de amor
Não o natal, mas os natais vãos
Nosso dia a dia de eterna dor
Nossos dias de eterna paixão

Artur Cortez

NATAL DO PRESENTE - poema

NATAL DO PRESENTE

Hoje é natal estrelado de bem
Hoje a noite vem feita de amor
Hoje os sinos anunciam amém
Hoje a paz anula o mal e a dor

É natal no coração do mundo
É natal de querer amor severo
É natal do ausente e profundo
É natal apenas natal do eterno

Artur Cortez

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

NATAL DO PASSADO - poema

NATAL DO PASSADO

Mais um natal de presentes
À noite lembrei os ausentes
E dos natais de minha infância
O presente em baixo da cama
O sorriso de minha doce mãe
Mas o natal do presente
Trouxe a tona o ausente
E o vazio de meu coração
Assim são os natais da vida
Pela data, alegria abre ferida
Que buscamos em nossas vidas
Dar aos filhos as alegrias
Que jaz presente no coração

Artur Cortez

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

MEU JURAMENTO - poema

MEU JURAMENTO

Juro ser-te fiel...
No coração e no corpo,
Na riqueza e na pobreza,
Juro!
Juro ser-te fiel...
Na saúde e na doença,
Na alegria que vai durar,
Muita mais que a tristeza.
Juro te olhar...
Como se fosse a primeira,
A primeira vez do desejo,
E prometo...
Desejar-te após vinte anos
Com se fosse à primeira vez
Juro!
Juro ser-te fiel...
Como nunca fui, mas serei.
Apenas a te serei fiel,
Nos três poderes que detenho
Minha alma, meu corpo e...
Meu coração, a este é certo...
É certo ser fiel a te.
Por isso juro aceita-te...
Com meu amor e fidelidade.

Artur Cortez

sábado, 3 de dezembro de 2011

PARA CARLA - poema

PARA CARLA

Carla inspiração de um sonho
Olhos para amor e imaginação
Pergunta de um simples conto
Beleza plena de uma exclamação

Gina estrela de própria grandeza
Conduta em espaços brancos
Paixão em teus braços é certeza
Amor espalhado em quatro cantos

Mulher de sedução e paradígno
Compêndio emblemático de amor
Mistura astral de todos os signos
Aquários perfeito sem se opor

Artur Cortez

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

MELODIA DO SERTÃO - poema

MELODIA DO SERTÃO

Vislumbro o luar de minha terra
Em noites brancas do sertão
Céu estrelado cobre a serra
Invocando versos de um violão

Não há lugar como o interior
Onde a vida passa harmoniosa
Pessoas cativantes em amor
Cantando vida em verso e prosa

Novidades vêm no trem da colina
Quebrando o silencio do lugar
O estridente apito da buzina
Avisa que novidade vai chegar

A manhã aromatizada das matas
Avisa que o orvalho pranteou
O coral de pássaros em sonatas
Saúdam o dia que começou

Artur Cortez

sábado, 26 de novembro de 2011

O AMOR E O TEMPO - poema

O AMOR E O TEMPO


Falei de amor aos ventos
Dos desejos oculto do coração
Fiz florir em mim sentimentos
Na flor da pele de paixão


Quando parti e for saudade
Meu amor será testamento
Virtuoso apego pra eternidade
Que a vida me levou ao tempo


Então me leva junto no vento
Como o rio que encontra o mar
Na poeira que voa ao firmamento
Que eternizou meu doce amar


Artur Cortez

DESATINO - poema

DESATINO

Vá se entender o coração!
Às vezes quer tudo
E diz não querer nada.
Quando deseja fica quieto...
...encara tudo.

Entenda o coração!
Quando quer parti
Apenas fica.
Mas quando quer ficar...
...parti

O coração é estranho!
Chora por saudade
E não se chegar pro lado.
Quer e quer mais, mas...
...não faz nada

Vá entender o coração!
Apenas quer estar
Mas prefere os ciúmes.
Mata dentro de si o amor...
...fazendo outro nascer

Artur Cortez

RAZÃO, PAIXÃO E AMOR - poema

RAZÃO, PAIXÃO E AMOR

Cada noite junto a você
É uma historia diferente
Em umas lutei pra lhe ter
Em outras dormi carente

Palavra hora te convencia
Gesto você nunca fazia
Carinhos que só me julgas
Destruindo faces e branduras

Muito abraço você rejeitou
Mas tapas a mim pedia
Na cama você queria amor
Na vida apenas se servia

Queria entender teu querer
Pra te dar o perfeito amor
Mas não me deixo prender
De paixão que causa dor

Artur Cortez

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A NATUREZA DOS ORIXÁS - lôa de maracatu

A NATUREZA DOS ORIXÁS

Vem do mar! Filhos de Iemanjá
Para limpar a consciência
Do povo que vem sujar (2x)

Oxossi levantou essa bandeira
Não deixou a arvore cair
E o rio navegou com a sujeira
Oxum chorou pra rosa florir

Vem do mar! Filhos de ... (2)

Foi Oxalá que ordenou a Iansã
Que do céu o aviso vai chegar
E na terra Ogum com Exu  
A natureza a guerra começar

Vem do mar! Filhos de ... (2)

Os ventos levam as feridas
Preto velho e Omulu não cansa de avisar
A natureza ta clamando pela vida
Embalados com os filhos de Iemanjá

Vem do mar! Filhos de ... (2)

Os tambores não param de falar
Que o mar quer de volta sua areia
Que o homem teima em aterrar
Não ouvindo o canto da sereia

Vem do mar! Filhos de ... (2)

Xângo bradou d alto céu
Declarou que a vitoria é a certeza
Se a lei do homem não sai do papel
Nosso papel é luta com a natureza

Vem do mar! Filhos de ... (2)


Artur Cortez

domingo, 20 de novembro de 2011

APENAS O FIM - poema

APENAS O FIM

As aves voam em todo verão
Buscam reaver lugares passados
O homem só permite o coração
Vive o passado no silencio amargo

Sábios são os peixes da piracema
Que enfrentam correntes vis
Pra conquistarem o diadema
Buscando medonhas servis

Como as aves os peixe voltam
A origem onde nasceram
Os homens o passado acovardam
No peito onde historias morreram

Artur Cortez

RETRATO CRITICO - poema

RETRATO CRITICO

Prefiro eu inventar minhas rimas
Com verdades e purezas imorais
Delineando sujeiras com faxinas
Fugindo dos termos temporais

Não presto conta da lingüística
Nem sigo engomadinhos “poéticos”
Poesia é retrato de minha vida
Os certinhos são lisinhos céticos

Artur Cortez

CORPOS INTIMOS - poema

CORPOS INTIMOS

Meticulosamente sinto o beijo teu
Falo pouco diante de tua boca
Sinto estremecer o membro ateneu
Que atende afagos de tua mão boba

Não quero que pares nos ascendam
Mas não pares dessa intrepidez
Minhas mãos em mamilos se dão
Ao desejo picante de tua nudez

Quando vestida ninguém imagina
A fogueira embriagada de calor
A quentura de tua doce vagina
Expondo desejo, magia e amor

Derramo-te gotas em doce fecundas
Em gritos profanos ao pé do ouvido
Meu sexo poético em frases abunda
Da noite ferrenha que temos vivido

Artur Cortez

domingo, 13 de novembro de 2011

FACES DO AMOR - poema

FACES DO AMOR

Quando você me procurar
Tudo vai estar em seu lugar
Meu coração estará refeito
Minha vida vai caminhando
Sem cinzas do amor no peito
Sem dores me atormentando

Quando você for só passado
E a vida tiver te maltratado
Meus braços já não te receberão
E o tormento invadir tua alma
Vais lembrar-se com calma
Do mal que deste a um coração

Mas quando eu te encontrar
O sorriso que guardei pra te dar
Já não será de desejo incontido
Será a face cordial de alguém
Que te conhece como um amigo
Pra retribuir tudo com um bem

Artur Cortez

domingo, 6 de novembro de 2011

JUNTO A VOCÊ - poema

JUNTO A VOCÊ

Quando meu olhar olhou o teu olhar
E nossas bocas no ar se beijaram
Quando meu abraço virou teu lar
Nossos corpos calmamente se amaram

Quando nosso momento virou eterno
E num piscar de olhos nos aceitamos
Com um sorriso prazeroso concreto
A noite infinda o momento que amamos

O balanço de teu corpo me assediou
O toque de tuas mãos um eterno prazer
O abraço na medida me aprisionou
No peito que degusto com eterno querer

Sem você a vida não tem sentido
E ao teu lado se faz uma alegria plena
Nunca mais me sentir só ou perdido
Com você è certo, que a vida vale à pena

Artur Cortez

terça-feira, 1 de novembro de 2011

UM SONETO DE LEMBRANÇAS - soneto

UM SONETO DE LEMBRANÇA

Ah! aquele mar de águas verdes!
Onde paro pra ver o sol mergulhar
E quando a lua vem sob as redes
No pesqueiro que chega de alto mar

A palmeira abriga meu olhar ao céu
E o tempo é lenda quase despercebida
O vento sacode meus cabelos como véu
No verão da noite que embala minha vida

Abraço as lembranças que são eternas
As saudades eu mato com esperança
Meus sonhos são com as luzes de velas

Que ascendem renovando meu sonhar
Nas areia ficam pegadas das andanças
Cada passo é como um doce recordar

Artur Cortez

PRESENÇA - poema

PRESENÇA

Teu sorriso é a paz que me acalma
Teu olhar a segurança de minha alma
Teus braços meu eterno refugio
Tuas mãos a bussola de meu caminhar
Teu colo o abrigo de meu amparo
Tua ausência é desnorte do perfugio
Tua presença que aprendi a encontrar
Amando-te nas lembranças que amarro

Artur Cortez

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

UM POEMA, UM CONTO! - POEMA

UM POEMA, UM CONTO!

Um poema é um simples reflexo
De vida sentida vivida, uma emoção!
É uma historia de amor mal contado
São caminhos desencontrados
Ou simples encontro de coração
Um poema é um ponto de anexo
Num conto da historia de alguém
Encanta e faz entender o conexo
É saudade que só faz o bem.

Artur Cortez

terça-feira, 25 de outubro de 2011

SOMBRAS A VIDA - poema

SOMBRAS DA VIDA

A sombra que me persegue
Um dia é de descanso
No outro é breu contido
E no seguinte já me aquece
Sopro de minha sede
Balanço de minha rede
Saudade que me entristece
Controle do coração
Arremate de minha paixão
E medo que estremece
A sombra que me persegue
É algo sem explicação
Apenas deturpação
Da vida que me enfurece

Artur Cortez

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

FALTA - poema

FALTA

Não preciso de você pra morrer
Chegou um momento só meu
O ar é algo secundário pra ter
Nessa vida de um coração ateu

Nem foi preciso o olho fechar
Apenas perder o degusto da vida
Cercado de gente pra eu falar
Mas morte é aquém de ser querida

Inferno é algo com ausência divina
Como solidão de estar sem amor
É dor que não se mede, é infinda
É pimenta sem açúcar com ardor

Amar é a essência que alimenta alma
Como a alma é espelho refletido
Amor é remédio que na vida acalma
E sua falta é laguna sem sentido

Artur Cortez

sábado, 22 de outubro de 2011

MINHA LISTA DE DEZ ANOS ATRÁS - poema

MINHA LISTA DE DEZ ANOS ATRAS

Há dez anos meu amor por alguém era eterno
Hoje aquele amor não passou de um inverno
Nesse dia minha escolhida já vivia uma paixão
Foram-se dez anos e eu sou com ela um coração

Há dez anos os amigos eram muito importantes
A falta de algumas coisa era interessante a eles
Como dez anos passaram e só seguir adiante
Os amigos me acostumaram não sentir a falta deles

Há dez anos meu mundo era divido com incertezas
Se vestir meu corpo ou colocava pão na mesa
Isso continua igual como antes, há dez anos
Vida que segue o passo do passado em desenganos

Há dez anos pessoas me amavam com verdade
Sobraram poucas que fazem a mim uso do coração
Em dois ou três pares de olhares tem sinceridade
E o resto dessas retinas só interesse e enganação

Artur Cortez

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ESPELHO DA VIDA - poema

ESPELHO DA VIDA

Somos espelhos de nossas vidas
Refletidos em lembranças vividas
Guardadas no fundo do coração
Pra usar na vida feito porção

Lembranças na vida são compatíveis
A intensidade vivida de emoção
Outras lembranças são previsíveis
E controlada com a nossa paixão

Artur Cortez

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ESSE SOU EU - poema

ESSE SOU EU

Eu sou da rua
Vivo pela rua
Na vida da rua
Perdido, perdidinho!
No mundo da lua

Eu sou avoado
Ando descaracterizado
Na vida largado
Perdido, perdidinho!
No mundo marcado

Eu sou ninguém
Estou muito aquém
De ser um alguém
Perdido, perdidinho!
No mundo desdém

Eu sou apenas eu
E vivo como seu
Apenas brinquedo teu
Perdido, perdidinho!
No mundo morreu

Artur Cortez

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

À POETISA MÃE - poema

À POETISA MÃE

Faz-me ri de tuas saudades
Do encanto que me deixastes
Teus carinhos que assolavam
Meu coração incontido
Mas as lembranças encantam
Meu ser e meu sentido

Fez-me sonhar como criança
Iluminastes minhas andanças
Foi para mim estrelas alvas
No caminhar de minha historia
Fostes o olhar que me acalmas
Eternizastes minha memória

Inspira-me teus cantos
Leva-me a encantos
Sonetos, poemas e canções
Tu es minha primavera
Que renovastes minhas quimeras
O salutar desejo das paixões

Artur Cortez

sábado, 8 de outubro de 2011

AO MEU PASSADO - poema

AO MEU PASSADO

Uma tarde caminhando com a saudade
Junto de lembranças tão marcantes
Levado pelos ventos das ansiedades
O pensamento quem me levou adiante

O rosto com a pureza das lagrimas
Envolto com a receita do meu passado
O muito ao lembrar de minhas lastimas
O pouco que me arrependo é desprezado

O outono já está quase acabando
E os amores ficaram em outros tempos
Meu coração continua te amando
No incomodo que é trazido pelos ventos

Artur Cortez

terça-feira, 4 de outubro de 2011

CANÇÃO DE AMOR - soneto

CANÇÃO DE AMOR

Quando cantavas tristes pelo caminho
Os ventos traziam tua canção pra mim
No embalo da melodia mesmo sozinho
Meu coração dançava com o ritmo afim

Teu olhar contava a historia de um amor
E se perdia nas tristezas dos instintos
Teu poema era a musica de uma nobre dor
Meus ouvidos a entrada dos teus afinos

Cada verso encanto de um butão em flor
Como se a flor fosse o desperta da paixão
E você no caminho perdida na emoção

Ao sonoro som do vento cantando amor
Foi quando o meu olhar te despertou
E nossas vidas se tornarão um só coração

Artur Cortez

domingo, 2 de outubro de 2011

UM SONETO À SERENATA - soneto

UM SONETO À SERENATA

A estrela Dalva ilumina a madrugada
E o luar os caminhos dos errantes
Sigo solitário a perversa caminhada
Dos reversos abandonos dos amantes

A navalha da alvorada surge ao horizonte
Nos ninhos se refaz a vida do trovador
Com o pináculo reveste-se do ontem
Das conquistas estreadas do amor

E as cantatas pras varandas se calaram
Novos cantos de encantos entoaram
O violão jaz ao canto abandonado

Serenatas em partituras esquecidas
Faz o ressurgira pra vida um no ato
O ungüento que sarou todas as feridas

Artur Cortez

AMOR, ETERNO AMOR! - poema

AMOR, ETERNO AMOR!

O amor é como um rio descendo a serra
Devastando o adiante no meio do caminho
Segue segurando a direção em sua meta
Sofre, chora e sobrevive embora sozinho

Como um nascer do dia assim é o amor
Vem radiante de esperança e aquecido
Ao longo da tarde chora de saudade e dor
E no frio da noite dorme só e esquecido

Mas o amor é também como um carnaval
Augusto supremo em seu reinado mormino
Vem forte e inabalável feito um vendaval
E se mostra depois frágil feito um menino

Amar é uma certeza em nossas vidas
Nascemos de um ato perfeito de paixão
Do encontro às vezes sem perspectivas
Suje o amor que move nosso coração

Artur Cortez

domingo, 25 de setembro de 2011

ATO DE AMOR - poema

ATO DE AMOR

Veio o luar de prata cobrindo nosso beijo
Ampliando o desejo mutuo na escuridão
O sabor da saliva amarga vai bater ao peito
Transformando em ato obsceno a paixão

Teu corpo ao solo é coberto pelo meu
Com apelo indecoroso potentado de amor
Encenado em amiúde tal fosse um Romeu
A paixão desenfreada pigmentada de calor

Vai e anda como circulo com nobre ação
Volta e consome teus segredos mais solenes
E no passeio de tuas curvas sinto o coração
No teatro de corpos suados e ardentes

O detalhe de uma luz que veio despertar
Acomoda meu sorriso acasalado com você
Esse tenso limiar que o sol veio separar
Os corpos harpeados que a noite fez prender

Artur Cortez

sábado, 24 de setembro de 2011

POEMA GÓTICO - poema

POEMA GÓTICO


A noite era de pleno breu agnóstico
As almas corriam nas veredas nórdicas
Sob a luz havia apenas um festo óptico
Das lacunas que o luar atinge expostas


Sou como um Drácula faminto por dor
Meu alimento é a busca por uma flor
E a insistência é cabível de esperança
Na estrada a busca é conforme a dança


A demasia atropela a lógica do alcance
Nos pleonasmos imperceptíveis do amor
Onde a concordância é uma avalanche
De sofrimento, lagrima, ausência e dor


Artur Cortez

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CRÔNICA DE MINHA VIDA - crônica



CRÔNICA DE MINHA VIDA

Eram meados de 1975, Marabá-PA, eu apenas um menino de quatro anos, as margens do rio Tocantins no acampamento da Mendes Junior onde estava uma loucura, em minha pouca lembrança lembro-me de um bicho preguiça que vivia na cerca de nossa casa, minha mãe encorajava para  que eu o alimentasse com bananas e abacates, outra lembrança dessa época eram os passeios de barco naquele rio-mar, também me lembro de um igarapé que sempre enchia e fechava à estrada que ligava o acampamento à cidade, histórias de minha mãe com meu pai, pela seriedade de minha mãe e a irresponsabilidade de meu pai e suas noites boêmias, nessa época dona Conceição (minha mãe) sempre sentava comigo nos degráus da entrada da casa que morávamos, acho que pela solidão que vivíamos, pela distância e pelas dificuldades de comunicação com o Ceará, onde moravam nossos familiares, aprendi com ela a encarar a solidão como uma aliada criativa, lembro entre muitas coisas ditas por ela, uma das quais foi aprender a expressar sentimentos através de poesias e poemas, nessa época do Pará aprendi que a solidão poderia ser expressa em palavras e músicas.
Dona Conceição (minha mãe) era expressiva, espontânea e capaz de fazer o impossível em prol de sua razão, em 1976 já de volta a Fortaleza minha lembrança já muito clara de locais e acontecimentos, morávamos na rua trinta e cinco do conjunto polar, onde nasceu minha irmã, cinco anos eu reinei só ao lado de minha mãe, de repente aparecia alguém que roubara toda atenção que era minha, momento critico da vida de uma criança de cinco anos, minha mãe mais uma vez soube me amparar e me fazer seguir entre dúvidas e medos, a solidão que eu sentia chamava-se ciúmes, ela com seu jeito capaz e sempre atento serviu de ilha para meu barco à deriva. O ano de 1980 foi terrível, ela e meu pai já não conseguiam passar um dia sem discutirem, era um sábado primeiro de novembro, ela me pediu pra fazer umas compras no mercado, lembro-me apenas que acordei com um grito de “cadê minha mãe”, ela tava do meu lado segurando minha mão e falando que eu não me preocupasse, “to aqui meu amor” foram às palavras perfeitas pra meus ouvidos, mais uma vez minha solidão era acompanhada por ela, mesmo com o braço quebrado e os olhos fechados, a segurança de sua companhia era certa naquele momento de dor. Em 1982 ela me chamou no quarto da casa que morávamos no conjunto Castelo Branco, disse “Meu filho eu vou me separar de seu pai, mas quero que não tenha medo” embora meu pai ainda tenha acompanhado a gente até a mudança pra casa da Raimundo Gomes, nesse mesmo ano nasceria minha irmã mais nova, lembro com carinho dessa casa, das brincadeiras e da figura de Luiz José (véi), encontrei obstáculos e minha mãe me ensinou outra lição, recomeçar, foi assim que nossas vidas giraram num eixo de trezentos e sessenta gráus, finalmente em 1983 chegamos ao conjunto polar. A vida foi se anunciando de forma feliz e segura, a proteção de minha mãe era contestada por mim, queria eu sair e encontrar meu caminho, não entendia o porquê ela sempre fechava minha porta, mas o encontro com a vida era inevitável, aprendi a entender o não a falsidade e o encontro com erros, muitos mesmos, mas o mais impressionante era como minha mãe estava ali pra concertar comigo, parecia que adivinhava as minhas angústias e necessidades, assim foi minha vida entre altos e baixos, mas sempre com o colo pra curar minha sede e sua companhia pra minha solidão. Era 12 de outubro de 2010, o mal se espalhou de forma notória, como ultimo ato ela brincou no café da manhã, deu presente a mim e a minhas irmãs, depois já em precária situação fez questão de ir comemorar o dia das crianças fazendo seu ritual de 20 anos (distribuição de presentes com crianças pobres). Era 15 de outubro meio dia quando cheguei ao hospital pra visitar minha mãe, como sempre segurei sua mão e cantei ao seu ouvido, passei um breve momento e quando ia saindo fui chamado, eram meio dia e quarenta minutos, voltei segurei sua mão, sentir naquele momento o ultimo ato de minha companheira de vida, meu anjo partiu de volta ao encontro de sua celeste morada. Hoje 23 de setembro quase um ano se passou, a vida continuou, mas eu finalmente aprendi e entendi o que é solidão, a vida ganhou rumo e meu destino à deriva segue com a lembrança e a dor. Falta hoje entender a solidão e o sentido da palavra família, vou só e hoje realmente sozinho preciso entender a saudade dos vivos e dos mortos.

Artur Darlan Alves Cortez

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

SONETO À UMA FLOR - soneto

SONETO À UMA FLOR

Beija-me com o mel salivar
Invade meu ceo em estasia
Sonda-me o corpo em par
Com teu olhar de magia

Deita-se no solo peitoral
Cobre-me com maciez e ais
Serdes nesse jardim floral
A rosa que me cativais

Sonha com um belo voar
Onde o céu é o limite
Vens sob o corpo galopar

Em prol do olhar que emite
Minha retina a te em suplique
Que seja o ilimitado amar

Artur Cortez

VERSOS SOLTOS - poema

VERSOS SOLTOS

Vem mudar meu rumo
Vem fazer nossa historia
Sela minha boca comedida
Cruza meu corpo em abraços
Leva-me nos braços
Formata o grilhão eterno
Onde me prende o corpo
A mente livre te ama

Artur Cortez

terça-feira, 20 de setembro de 2011

CAMALEÃO DA VIDA - poema

CAMALEÃO DA VIDA

Alegria, alegria! No reino da fantasia
Saturado estou das lagrimas reais
Onde vivo em um mundo de afasia
Na cúpula de corpos alienais
Alegria, alegria! Simplesmente sorria!
Onde o adeus não resistiu à saudade
Mixado em demasia, em maldade
No final do dia viva apenas de: alegria!

Alegria, alegria! Nem que seja de magia
Pra um soneto cantarolar na manhã
Vivenciando o orvalho em bela azia
No cume da roseira de carimã
Alegria, alegria! Vem e contagia!
A tristeza que fica ao teu derredor
Não der a vez de olhar tua agonia
Apenas tenha certeza: é alegria de dar dó

Alegria, alegria! Numa reza pra Maria
Que tua misericórdia seja atendida
E o embrião cinza não seja teu dia
E teus olhos livres da poeira ardida
Alegria, alegria! E viver em demasia!
Onde o sol nem sempre arde
O horizonte já vem tarde
Viva com a dor na carne, mas viva: alegria!

Artur Cortez

domingo, 18 de setembro de 2011

DIVERGÊNCIA - poema

DIVERGÊNCIA

Eu sabia que não queria
Vento ventania: vida exposta
Onde mora saliência
Vida urbana é exigência
Sigo o caminho da imprudência
Perdendo-me: perdidinho
Achando-me o tal
Chamando o amor
Chorando de amor
No canto do encanto,
Onde estou! Ou onde estou?

Artur Cortez

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

SEM RUMO - poema

SEM RUMO

Ao tempo esqueço a dor
Na vida apenas as flores
A estrada escolhida que vou
No peito meus mil amores

Poemas catados da vida
Sonetos de envoltas paixões
O verso de polpa atrevida
As terças de rimas e ilusões

Saudades eu levo partindo
Sorrisos do que marcou
Ponderado vou eu sentindo
Historias em lagrimas e horror

Sem porto segue o navio
Sem norte distúrbio no olhar
A vela postada ao pavio
Os passos que dou sem amar

Artur Cortez

terça-feira, 13 de setembro de 2011

SONETO AO INGRATO - soneto

SONETO AO INGRATO

Não preciso que chores no meu peito
Nesse momento repito a vida: solidão
De minha historia o meu caminho é feito
Da vida minha historia é separação

Nem lembro de todos, nem como eram
Nem a morte trouxe a mim compaixão
Apenas curiosos ao redor encaram
A inerte batida de meu coração

Sigam caminhos que esquecem em vida
E lembram na morte de abri as feridas
Sigam cada um ao seu encontro fadigo

Eu já estarei bem longe e esquecido
Porque em vida não esqueci a dor
Muito menos na morte esquecerei o amor

Artur Cortez

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

VIOLADA NO TERREIRO - poema

VIOLADA NO TERREIRO

Chora a viola no peito
Toma um gole de cachaça
Na rede onde me deito
Deparo com a vida “marvada”

Anoitece no meu sertão
E a galega me faz um dengo
Ela mima meu coração
Com seus dedos molengos

Vem à lua pro meu terreiro
Presenciar nosso roçado
Pra lua sou seresteiro
Pra galega eu sou safado

Artur Cortez

sábado, 27 de agosto de 2011

DECLARAÇÃO - poema

DECLARAÇÃO

Quer que eu te fale uma verdade
Do fundo de meu coração?
Sem você só há saudade
Sem você só solidão!

No vazio em que eu me encontro
Minha história é mais um conto
De encontro com o nada
Num caminho que acaba

Mais há fim toda tristeza
Quando encontro com você
A felicidade é a riqueza
Do amor ao bem querer

Vou falar aquela verdade
Ao teu nome sempre chamo
Tu és minha realidade
Tu não sabes? Eu te amo!

Artur Cortez