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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

O MILAGRE DA TERRA - poema

O MILAGRE DA TERRA

Quando chove nessa terra é pura felicidade
O verão vira primavera desaparece a atrocidade
No cheiro do mato verde na luz da lua cheia
O sertão mostra a cara nas águas que bambeia
O sangradouro do açude no milagre da transformação
Onde a cana vira mel e faz a rapadura e o alfinim
Pra natureza tiro o chapéu sem medo da razão
Pois a seca é linha dura, mas a fartura é sem fim.


Artur Cortez

domingo, 15 de janeiro de 2017

SERENATA - poema

SERENATA

É vida que segue a tormenta do tempo
É tempo, que o tempo já nem agüenta
É choro, é riso e gargalhadas atenuas
Na loucura cabeluda de verdades nuas
É o fim da picada da paixão que canta
E canto magia num olhar que encanta
Vai! Chama Maria a flor mais singela
Dedilhando uma lira embaixo à janela
E o mundo se faz pequeno por instante
A voz deste pobre seresteiro errante


Artur Cortez

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

NATUREZAS - poema

NATUREZAS

Pra quê matar de morte matada?
Se já dói demais a morte morrida!
Se a matada é uma morte sofrida
Na morrida o sofrimento é a vida

Por mó de quê se precisa sofrer
Ou se alegrar com o que morreu
A gente precisa mesmo entender
E dá valor sempre ao que é seu

O homem “judiador” do semelhante
Morre também todo dia sem saber
E nunca dá dois passos adiante
Nem riqueza vai acaba seu sofrer


Artur Cortez

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

CANSAÇO - poema

CANSAÇO

De tanto esperar minha flor
O cansaço venceu a inércia
O amarelo veludo desbotou
No bem me quer sem tercia

Foi-se na asa a imaginação
Perdido na espera calvário
Na mente uma conspiração
No peito um desejo plenário

A vida seguindo seu rumo
Vivendo um passo por vez
Na graça da vida ao exumo
Na vida que dá vida talvez


Artur Cortez 

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

A ESPERA - poema

A ESPERA

Cansado de esperar
Sempre a esperar
Um novo sopro
Uma nova esperança
Talvez apenas corra
Estado de minha andança
Altero a contra dança
Nos passos de meu par
E o corpo cansa
Cansaço de vida
Atrevida e ferida!


 Artur Cortez

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

E DE REPENTE... - sextilha poetica

E DE REPENTE...

E de repente a poesia volta a me inspirar
E de repente os versos voltam se encontrar
E de repente um sorriso me maquia a face
E de repente meu coração faz folia
E de repente você aparece num embace
E de repente és a razão dessa minha alegria


Artur Cortez

SONETO DO REENCONTRO - soneto

SONETO DO REENCONTRO

De saudades já sei que não morro
Pois a vida me proporcionou encontrar
A flor que inspira a razão do meu choro
Que trás nos olhos o tempo do amar

Tua pele branca nunca esqueci
Nos lábios trago o sabor de teu beijo
Em teus braços felicidades vivi
Teu colo sempre foi meu anseio

Lembro das primaveras armadas
E do olhar que prendia o meu
Do nosso amor em breve madrugada

Junto ao meu amor, minha namorada
Envolvidos numa paixão sem véu
Que o tempo trouxe de volta na amada


Artur Cortez