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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

FALTA - poema

FALTA

Não preciso de você pra morrer
Chegou um momento só meu
O ar é algo secundário pra ter
Nessa vida de um coração ateu

Nem foi preciso o olho fechar
Apenas perder o degusto da vida
Cercado de gente pra eu falar
Mas morte é aquém de ser querida

Inferno é algo com ausência divina
Como solidão de estar sem amor
É dor que não se mede, é infinda
É pimenta sem açúcar com ardor

Amar é a essência que alimenta alma
Como a alma é espelho refletido
Amor é remédio que na vida acalma
E sua falta é laguna sem sentido

Artur Cortez

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