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terça-feira, 30 de março de 2010

SONETO DO VAQUEIRO - soneto

SONETO DO VAQUEIRO


No sertão ao som do aboiar
Magoas de um caboclo são
Tangendo a boiada no gritar
Derrama lágrimas no coração

Vaqueiro imponente do interior
Enfrenta a seca no braço forte
Seu encontro cedinho é o labor
Sertanejo é o herói do norte

A vaca "lua" corre desgarrada
Pela caatinga vai o heroi peão
"Ataía" ela pelas encruzilhadas

Vai puxa no rabo a reís tá chão
Sua armadura muito lhe marca
Toda no couro se chama gibão

Artur Cortez

segunda-feira, 29 de março de 2010

SEXTILHA DO DESENCONTRO - poema em sextilha

SEXTILHA DO DESENCONTRO

Sou um coração sem razão
Vivo no pulsar da emoção
Em vazios espaços à sonhar
Meus acordes são ímpares
Como nos sonhos sem pares
Sempre sem te encontrar

Artur Cortez

domingo, 28 de março de 2010

AOS POETAS - poema em versos e trova

AOS POETAS

Somos cavalheiros errantes
De palavras doces ou viril
Bobos quixotes de Cervantes
Ou meros seres de tom hostil

Amamos de forma platónica
Em saudades que molestam
Sofremos vidas desarmônicas
Das vidas que nos restam

Mudamos de formas e lugares
De forma que nunca chegamos
Lugares de sinistros falares
Outros lugares que não estamos

Artur Cortez

quarta-feira, 24 de março de 2010

DURA JORNADA - poema em sextilha

DURA JORNADA


Por muitos lugares passei
Em alguns fui um poeta
Em outros era acima do rei
Nesse mundo cego fiquei
De paixão que não vingou
E também errei de amor

Em meus olhos esta a solidão
Sou um cavalheiro errante
Acompanhado da imaginação
Cerro punho e vou em frente
No legado dessa vida marcante
eu e minha eterna paixão

Passei nas campinas floridas
Buscando minha eterna flor
Jardim e florestas esquecidas
Almejando um simples lugar
Onde fosse encontrar o amor
Pra no fim da jornada amar

Artur Cortez

FORTALEZA - poema em terça

FORTALEZA


Sou da cidade sol, paraíso do mar
Dos ventos fortes, do véu de luar
Onde cantam os pardais ao revoar

Sou da terra de palmeiras imperiais
No mar ladeiam enormes coqueirais
E a noite tens o brilho dos cardeais

Sou da cidade que ostenta beleza
Trina és ascendente pela natureza
Rainha do norte à bela Fortaleza

Artur Cortez

terça-feira, 23 de março de 2010

NÃO FUI EU - poema em sextilha

NÃO FUI EU

Não fui eu quem à cantou
Melodia sublime de paixão
Não fui eu quem à cantou
Sonora sonata de invocação
Não fui eu quem à cantou
Foi ele quem me encantou

Não fui eu quem quis sonhar
Meloso imaginário do dormi
Não fui eu quem quis sonhar
Replícia do reflexo de sorri
Não fui eu quem quis sonhar
Foi ele que veio me encantar

Não fui eu quem quis assim
Cair nos braços de doce criança
Não fui eu quem quis assim
Guarda a historia na lembrança
Não fui eu quem quis assim
Foi ela que me prendeu no jardim

Artur Cortez

domingo, 21 de março de 2010

SONETO DE UM BEIJA FLOR - soneto

SONETO DE UM BEIJA FLOR


Menina em flor rodeada de amor
Cautela de uma "pink" aquarela
Sorriso alegre que tudo consegue
Alpina desejos tal doce menina

Broto em butão de rosa artolo
Gemem da ureia liz de um além
Botânica do polém mel arcanica
Flor de rosa que provoca amor

O beija flor que persegue condor
Apaixonado enroscado em teu ser
Vôo treplico no movimento ficou

Hipnótico e nértico diante da flor
partindo quando no bico sugou
O gosto do mel glicosado do amor

Artur Cortez

quinta-feira, 18 de março de 2010

UM SONETO DO AMAR - soneto

UM SONETO DO AMAR


Espero essa noite com você
Sincero entrego-te a paixão
Teu corpo morada do prazer
Minha alma desejo e sedução

Quero hoje só você pra mim
Deixa os mortos se enterrar
Linda flor sou o teu jardim
Nesse peito tua raiz fincar

Meu descanso é o teu peito
No prazer de dormi e acorda
Meu renovo encontro no beijo

Que a mim vem despertar
A voraz fome de meu desejo
Para teu corpo eu devorar

Artur Cortez

quarta-feira, 17 de março de 2010

UM BRINDE! - poema

UM BRINDE!

Ao amor que canta e encanta
Ao amor!
A paixão que é raiz da loucura
A paixão!
Ao beijo que selar o desejo
Ao beijo!
Ao sexo plenitude do amor
Ao sexo!
Ao olhar entrada da conquista
Ao olhar!
Ao homem primogênito de Deus
Ao homem!
Ao Deus criador do perfeito amor
A Deus!

Artur Cortez

segunda-feira, 15 de março de 2010

SONETO AO POETINHA - soneto

SONETO AO POETINHA


Ao mestre reverências de uma saudade
A quem como ninguém sofreu em poesia
Num doce balanço de caminho e lealdade
E nos versos tragava o embrião da magia

Sonetos de amores num perfeito refrão
Alcunhas dos segredos em fidelidades
Ardência de lagrímas na dor da paixão
E eternas poesias no mar da felicidade

Bares e boêmias nas luzes de uma ribalta
Curvas sem simetrias nas fumaças aladas
Asnos retóricos que cortam e maltrata

Expressão do poetinha na boca qual calas
Eternizando orações que sempre vais amar
Que seja eterno e dure teu doce expressar

Artur Cortez

domingo, 14 de março de 2010

LÔA DO MARACATÚ FILHOS DE IEMANJÁ ANO 2011 (ACAMFI) - VIDA E MORTE DO REI-ESCRAVO PAI JOSÉ DE ÂNGOLA

LÔA DO MARACATÚ FILHOS DE IEMANJÁ ANO 2011(ACAMFI) VIDA E MORTE DO REI-ESCRAVO PAI JOSÉ DE ANGOLA


Maracatú pisou na avenida,
Filhos de Iemanjá vieram contar e cantar
A saga de um rei que destronado em sua pátria
Veio pro cativeiro sem deixar de ser senhor.

Chora cativeiro chora, preto velho chora,
Quando ver filho chorar (bis)

A estrela matutina em Angola cintilou
Anunciando o nascimento de um rei
Que reinou em doze tribos no cinturão do mar
E hoje Pai José vem junto com os filhos de Iemanjá

Chora cativeiro chora, preto velho chora,
Quando ver filho chorar (bis)

Chorou Guiné, Moçambique também
Arrebataram pro além mar, o rei da paz defensor do bem
Ele foi reprodutor de cativeiro, pro seu senhor rendeu dinheiro
Mestre capoeirista, preto velho mandigueiro

Chora cativeiro chora, preto velho chora,
Quando ver filho chorar (bis)

No seu peito um colar, reverenciava a monarquia,
De um Rei-Escravo, que morrendo olhou pro céu
Deixando um legado de paz e de amor
A sua pátria e aos filhos do Brasil

chora cativeiro chora, preto velho chora,
Quando ver filho chorar (bis)

Lá na senzala Pai José, foi escravo do coronel
Com altivez sem nega a sua banda
E hoje na Umbanda ele é um curador
Espiríto de luz, irradiando amor.

Chora cativeiro chora, preto velho chora,
Quando ver filho chorar (bis)

Ê ê ê Pai José e a sereia,
Nessa terra só semeiaram humildade e perdão
E hoje na avenida iluminada, maracatú em luarada
Pai José é quem conduz.

Chora cativeiro chora, preto velho chora,
Quando ver filho chorar (bis)



Letra - Artur Cortez e Conceição Alves
Musica - Conceição Alves

VOU VOLTAR - poema

VOU VOLTAR

Vou voltar pro meu sertão
Vou ser de novo feliz
Vou da paz ao coração
Vou fazer o que sempre quis
Vou tanger e aboiar
Vou na corrida do gado
Vou voltar a me amar
Vou me livrar desse pecado
Vou no lombo de um cavalo
Vou correr e me encontrar
Vou na beira de um rio
Vou de novo sonhar.

Artur Cortez

sexta-feira, 12 de março de 2010

PANTANAL - poema

PANTANAL


Divino altar erguido da natureza
Cama de um sol que resplandece
Santuário de encanto e beleza
Pântano de glorias que enobrece
Esse mato de virgem incerteza

Das ricas araras do penteado azul
Dos tambaquis nadando em cristais
Efémero encanto do cruzeiro do sul
Das aves de rapinas em voos reais
Dos balés de flamingos e paraguaçus

Pantaneiro sem pressa do avançar
Na preguiça com o tempo de sorri
Sem soberba de um firme caminhar
Nas veredas com os olhos de sucuri
Seguindo em frente como é o desejar

Artur Cortez

MEU PENAR - poema

MEU PENAR


O quer queres de meu coração?
Se tudo ja te dei.
Que mais queres de minha vida?
Tudo a te já entreguei.
Não sabes do meu triste penar?
minha alma vive a chorar.
Queres também o sopro da vida?
Essa no fim eu te dei, lembra?
Não creio que tens amor pra mim!
Porque exponho-me a te.
Em troca da flor o silêncio, o espinho.
Vou assim em solidão caminhar sozinho.

Artur Cortez

MENINO LEVADO - soneto

MENINO LEVADO


Menino-anjo levado da breca
Vira pião rodando ao chão
Garoto gargalha de tão sapeca
Em minha vida é pura paixão

Inlustre amor que me sustenta
Em noites que o sono me levou
O guri que alegra meu doce lar
Trazendo renovo de meu amor

Pedro de historias fantasticas
Da mente que ao espaço voou
Quebrando todas as tematicas

Recurso que sempre explorou
Em saltos lunar de astronauta
Garoto você é meu eterno amor

Artur Cortez

terça-feira, 9 de março de 2010

AO CORAÇÃO - poema

AO CORAÇÃO

E no mundo parti com você
Você desejo da minha alma
Eu quero o amor sem temer
Amor que me assola e acalma

Nos teus ternos braços estar
Na vontade do doce viver
Cada dia vou querer te amar
E no peito guardar você

Artur Cortez

MINHAS MULHERES - poema

MINHAS MULHERES

Sou louco de amores por te,
Desejos ardente com magia,
O alimento da alma sentir,
O abraço minha doce Maria

A angustia invade meu ser
Como saudade da bela flor
Teus beijos são meus querer
Essa flor meu eterno amor

Você quem me faz ser feliz
Esquecendo dor da paixão
Meu amor se chama Thais
Levando ao céu meu coração

Artur Cortez

domingo, 7 de março de 2010

SONETO À MULHER - soneto

SONETO À MULHER

Quando nasci chorava para ter
Os seus seios, cheiros e carinhos,
Mulher que ao mundo me fez ver,
E nele me ensinou a andar sozinho.

Cresci para o aprender na vida
Ler e conhecer na visão gestora
Aprendi pela doce Margarida,
Mulher minha, minha professora.

Outra me ensinou o amar da carne
Mais mulheres ensinarão-me a paixão
Descobrindo um mundo de alarde

Ate pisando no sofrer do meu coração
Mulheres de herança me derão flores
E se mostrarão no mundo superiores

Artur Cortez

sexta-feira, 5 de março de 2010

ONDE ? - poema

ONDE ?

Onde andas minha flor?
Já nem sei os teus caminhos
Me perdi em teu amor,
Não sei mais andar sozinho.

Onde esta aquele olhar?
Que fazia o meu sorri,
Nem sei por onde começar,
Nas lembranças que tenho de te.

Onde está teu doce beijo?
Que por vezes alimentou,
A vontade do meu desejo,
Que o destino de mim levou.

Artur Cortez

MINHA CURA - poema

MINHA CURA


Nas veredas do sertão
Palmo a palmo à andar
Já conheço esse chão
De tanto nele passar

Com o sol a me molestar
Levando o peito a sofrer
Chorando o meu penar
No sertão sem ter você

No olhar da plantação
Tantos braços a colher
Eu em pranto de paixão
Com o desejo a se perder

E sem o amor, sem a paixão
Na vida eu fui um vencedor
Tirei do peito meu coração
E acabei com a triste dor

Artur Cortez