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sábado, 28 de janeiro de 2012

POEMA SEM FACE - poema

POEMA SEM FACE


Essencialmente somos o bem e o mal
Explodimos em sentimentos de peso
Alimentamos a alma que nos acalma
Ressentimos-nos quando saímos ileso


Somos retrato de nosso bom humor
Satirizando o preconceito mundano
Escondemos a vontade por supor
Que superior sou a qualquer humano


Meu sangue é vermelho carmesim
Minha pele plagia melanina pura
Sou branco, sou negro e por fim
Sou imagem do criador, sou criatura


Artur Cortez

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

VERSOS DE AMOR - poema

VERSOS DE AMOR

Canto versos intrépidos que alvoroçam
Musicas que soam doce ao coração
Palavras que aos ventos me remoçam
No tormento que acomete uma paixão

Canta livre esse meu espírito andarilho
Na face de um tempo que no passado ficou
No presente o momento vem dar sentido
As paginas esquecidas de um amor

Artur Cortez

domingo, 22 de janeiro de 2012

SÓ ESCREVO MEUS POEMAS COM AMOR - poema

SÓ ESCREVO MEUS POEMAS COM AMOR

O calor escaldante de meio dia
Onde a fome do menino explodia
Compensado nas goiabas de vovô
Só o canto da graúna em sinfonia
Que encantando os ouvidos de titia
Rasgando o vento ao som de eu já vou
Pois o mote que foi me dado dizia
Só escrevo meus poemas com amor

Mas lembrando das antigas alegrias
Não esqueço o Cedro e minha infância
Aonde a liberdade era certa e sem dor
Cidade canto em lembranças e estripulias
Os fazeres de meninice e frontarias
De tudo por certinho lembro sim senhor
Pois o mote que me foi dado dizia
Só escrevo meus poemas com amor

Também lembro com muita nostalgia
Com seu Chico o velho Chico na travessia
La nas bandas onde o Pernambuco findou
O vislumbro que meu olhar traduzia
No sertão de mandacaru seco da Bahia
Uma magia que “vô” Chico me mostrou
Pois o mote que me foi dado dizia
Só escrevo meus poemas com amor

Artur Cortez

*mote passado por uma senhora anônima.

sábado, 21 de janeiro de 2012

POETA DO SERTÃO - poesia matuta

POETA DO SERTÃO

Não troco meus versos de matuto
Nem faço acordo com intelectual
Escrevo minhas rimas no absurdo
Digo o que faz bem e que faz mal

Minha faculdade foi feita no sertão
Com o sol queimando a moleira
A sede ardente no goela do “cão”
Comendo rolinha assada na fogueira

Não escrevo um “O” com meia coité
Mas canto versos de “improviso” ao luar
Corto meu rincão inteiro andando a pé
Sou “doutô” das letras desse lugar

Recebi o apelido do passarinho do sertão
Patativa é o cantor que canta na lá cerca
Seu “doutô deixa” eu cantar minha canção
Sou o poeta que canta os versos da seca

Artur Cortez

*Ao maior poeta popular do Brasil, Patativa do Assaré

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

VISLUMBRO PERDIDO - poema

VISLUMBRO PERDIDO

Meu vazio estar cheio de solidão
Minha vida cheia de ausência sua
Contundente não para meu coração
Meu olhar sai a te procurar na rua

Minha mão não sustenta tua saudade
Nem acompanha os rastros deixados
Em outro coração apenas a maldade
Da vaidade expugnada e vil laçados

Artur Cortez

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

PURO PRAZER - poema

PURO PRAZER

Quando estou nos teus braços
Estou vivendo em plena paz
Teus seios têm meus amassos
Meu corpo no teu corpo se faz

Na tua ausência sou a escuridão
Onde perdido não vejo a luz
Sou o inferno perdido de paixão
Sem você sou estrela que não reluz

Meu corpo mora dentro do teu
Embalado em movimento furor
Vai e volta e me leva ao céu
No enlouquecido prazer do amor

Artur Cortez

sábado, 14 de janeiro de 2012

FORTALEZA - poema

FORTALEZA

Da ponte vejo o sol mergulhando no mar
E o horizonte se finda onde a vista cai
Meu Oásis é Fortaleza terra de Alencar
Terra da luz onde a liberdade se esvai

Meu céu paisagem de um eterno verão
Posto de romances escaldante ao luar
Donde pulsa a crosta alavancando paixão
Devasso anseio que incube o amar

Princesa do sol, amante dos ventos da lua
Assanha os cabelos do jovem pescador
Encanta o poeta transtornado na rua
Que canta seus versos infestados de amor

Artur Cortez

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

SONETO DO SOU - soneto

SONETO DO SOU

Sou mais que um ponto de reflexão
Sou expansão de outro ponto no ar
Sou filho do carbono e da escuridão
Sou mistura de um improvável amar

Sou movido por desejos e instinto
Sou movimento na busca do conforto
Sou augusto das naturezas de menino
Sou perfeito de aglomerado torto

Sou busca de uma acordada vigência
Sou encontro do mero desconhecido
Sou parte daquilo que é tangencia

Sou feito de cinzas do passado vivido
Sou esmo ímprobo da própria ação
Sou a vida do pulsar de um coração

Artur Cortez

domingo, 8 de janeiro de 2012

NOITE EM PENSAMENTO - poema

NOITE EM PENSAMENTO


É no silencio da noite que me encontro
Nas lembranças aguçadas do passado
Onde o mundo na cabeça é um ponto
E a solidão é um encontro inusitado


O meu mundo é um abraço de incerteza
Meus desejos já nem são realidades
A vida são cartas improváveis na mesa
E a tristeza vai movendo minhas saudades


Artur Cortez

sábado, 7 de janeiro de 2012

UM POEMA PRA VOCÊ - poema

UM POEMA PRA VOCÊ

Você razão de minha insana coragem
Desejo da desconhecida emoção
Dos meus instintos mais selvagens
E dos singelos suspiros do coração

Você meu sonho mais complexo
O pesadelo real de minha doce vida
Aventura correta de caminho incerto
Balsamo perfeito que cura ferida

Artur Cortez

O DIA SEGUINTE - poema

O DIA SEGUINTE

Foi assim...
Como um dia nublado
Um desejo, uma preguiça
Apenas um abraço no lençol
E o vazio cheio de solidão
Sem lembranças apenas vontade
E quando o tudo era nada
Assim ficou...

Artur Cortez