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domingo, 27 de fevereiro de 2011

A ROSA-FLOR - poema

A ROSA-FLOR


Vivo num belo jardim!
Sou florista bela flor.
Você quer uma flor?
Vermelha cor de amor.


Não, prefiro só olhar!
Sou a rosa do lugar.
Você que é florista?
Então venha admirar.


Sou florista com amor!
E rosa também é flor.
Você não quer a mim?
Ser rosa desse jardim.


Eu quero ser desse lugar!
Mas não quero só a flor.
Tens mais que podes dar?
Dar-me então todo amor.


Artur Cortez

É QUARTA FEIRA DE CINZAS - soneto

É QUARTA FEIRA DE CINZAS


E lá se vai meu bloco de saudades
É mais um carnaval feito de cinzas
Carregando no peito a iniquidade
Do pecado cego, carmesim e impas


No coração as folias de lembranças
Encravados no olhar do estandarte
Marcando o passado de lembranças
Num enredo que viaja solto à arte


Ah! Mormo abastado de vis ilusões
Por trás da máscara da colombina
Desfilando feito um sujo nos cordões


E meu bloco é acompanhado do olhar
Pra descobrir teu mistério que fascina
Do carnaval que deixou mais um sonhar


Artur Cortez

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

VOU EMBORA - poema

VOU EMBORA


Vou embora, vou embora dessa cidade
Vou embora, vou embora viver a paixão
Vou embora! Atrás da felicidade
Vou embora! Vou pro sertão


Vou embora, vou embora daqui
Vou embora, vou embora é certeza
Vou embora! Vou atrás de sorri
Vou embora! Prós braços da galega


Vou embora, vou embora ver teu olhar
Vou embora, vou embora pro amor
Vou embora! Vou me apaixonar
Vou embora! Ah se vou!


Vou embora pra ser feliz
Vou embora pra me encontrar
Vou embora pra onde sempre quis
Vou enfim me entregar.


Artur Cortez

EU E ZÉ - poema

EU E ZÉ


Eita Zé! Sou eu e você.
O mundo é nossa casa
O céu o nosso teto
Descansar em saudades
Faz tempo que não te vejo
Mas sinto você comigo
Teu chapéu meu abrigo
Eita Zé! Como faço aqui?
Você quem entende disso
Tenho que escolher
Entre entrar aqui ou ali
Essa encruzilhada é tua
Vou seguir apenas na rua
Vem! Guia-me a um descanso
Nas sombras de um arvoredo
Onde eu vença sem segredo
Eita Zé! E agora?
Chegou minha hora
Só eu e você
Sem nada a perder.


Artur Cortez

DESABAFO EM SEXTILHA sextilhas

DESABAFO EM SEXTILHAS


Como se fosse magia
Um mundo novo em mim
Como se fosse um novo dia
Que nasce feito jasmim
Um perfume de evas na manhã
Sabor doce de amora e hortelã


Bem debaixo de meu olhar
Não vou viver de saudades
Daquilo que negou me amar
Nem quero ter as maldades
Do povo que preferiu sorri
Quando me viu chorar


Artur Cortez

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

MEU PARAISO - poema

MEU PARAÍSO


Eu nasci num paraíso pertinho do céu
Onde os pardais cantam na alvorada
Lugar que a água tem gosto de mel
E o sofrimento da gente vira piada


No lugar que nasci ta cheio de amor
O paraíso é aqui com toda certeza
Terra de mil encantos do sol multicor
Paraíso abençoado, batizado Fortaleza


Artur Cortez

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

COMPLEXO AMOR - soneto

COMPLEXO AMOR


Deveras ser só teu meu amor
E em teus braços o meu leito
Em minha boca o teu furor
Pra te roubar um doce beijo


Teu sabor vem como o mel
Adoçando meu intenso viver
Teus gemidos me levam ao céu
Num ato insano de amar você


Nosso amor é cheio de razão
Com pensamentos instintivos
Eu e você somos supra emoção


Em nosso encontro imperativo
Eu e você complexo e perfeito
Você e eu caminho sem defeito


Artur Cortez

SOB O JULGO DA PAIXÃO - poema

SOB O JULGO DA PAIXÃO


Espero de novo o luar contigo
Sob o julgo de teu doce olhar
Nosso desejo de sexo ardido
Por dentro de nosso imaginar


A luz vem sobre nossa cama
Meu corpo se ocupa no seu
O toque na pela que inflama
A vontade do amor que é meu


Suspira ofegante teu coração
No peito preso sem um pudor
Cilene de uma autentica paixão
Do meu corpo dono de teu amor


Artur Cortez

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

NOITE SEM AMOR - poema

NOITE SEM AMOR


Minha noite foi clara como um sonho
Desses que atormentam meu viver
Resposta do qual nunca proponho
Na realidade simples do entender


Na primeira hora sonhei acordado
Estava eu e você num desejo sóbrio
Cada um com o olhar falando calado
Palavras com alvos dos desejos obróbios


Nas horas seguintes já estava eu e a solidão
Sem rumo no meu quarto prisioneiro
Cá eu falando ao pensamento de um botão
Sobre nosso momento derradeiro


E as horas se passam levando minha sina
Como um vendaval corrido que trás dor
Logo me lembro da paixão que me fascina
Lamentando por não se falar de amor


Artur Cortez

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

DESENGANO - poema

DESENGANO


Perdi o medo das coisas
Ainda quando menino
Andava solta nas ruas
Nas coisas ia “bulino”
Fiquei muito atrevido
Com o tempo ao redor
Nem ligo por ser ferido
E de ninguém tenho dó
Na vida fui assim moldado
E tive sentimento enganado
Perdi o medo da noite
E com ela fiz amizade
Os segredos são oriundos
Da farça e sua maldade


Artur Cortez

TRISTE FIM - sextilha

TRISTE FIM


E o amor será que acabou?
Eu e você éramos fogo em brasa
Hoje somos cinza que sobrou
Nossa conversa já nem acaba
Fica a vontade de fazer amor
Solta no ar, corrompido por traça.


Artur Cortez

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

SOLIDÃO COMPANHEIRA - poema

SOLIDÃO COMPANHEIRA


Solidão é o retrato de minha alma
Angustia do meu viver
Consolo que mim acalma
No sonho que me faz lhe ter


Solidão é minha doce companhia
Na escuridão que apavora
Caminha no quarto da agonia
No pensamento que parar a hora


Solidão que me assombra ao deitar
No frio de um espaço lateral
A cama palco do nosso amar
Hoje é lamento que me faz mal


Artur Cortez

CONHECENDO A ALMA - texto

CONHECENDO A ALMA

Eu sou apenas rascunho do que pretende minha alma, nasci com o coração puro, mas fui corrompido pelo homem a ser malicioso, embora nos momentos, que meu coração ama, ele conseguiu vislumbrar o que é ser puro. Eu sou como a luz, que encandeia as trevas e tem o peso inerte, porém sou capaz também de tirar a visão com tanta luz ou mesmo confundir teus olhos como se fosse um cristal, enfim de tudo, fui apenas coadjuvante em tua vida, preparei a escada pra tua subida e hoje do alto de teu pedestal me soberba com tua atenção forçada. Eu sou como uma fogueira sem brasas ativas, apenas carvão pra incendiar teu fogo quando necessita, meu fogo é uma condição de chamas indolor, onde qualquer um atravessa e vive sem calor. Eu sou uma partitura sem a cadência harmônica da marcação, que sob a batuta é conduzido por câmara a uma sinfonia enaltecedora a sua vida e a minha como a música fúnebre na percussão do túmulo, findando-se como memória apenas os tiros da honra morta. Eu sou um detalhe esquecido no canto, que quando se faz preciso sou usado pra depois volta a ingnórbia ausência de tua lembrança, no fim como objeto largado me faço importante a escoria, que me acompanha e me eleger nobre dentre os plebeus de ralés. Eu sou apenas poeta que usa o desprezo de teu coração e transforma em versos, cujas lágrimas são incontidas ainda na alma, na vertente transformadora de saudades e risos, não que poeta seja desalmado, mas aprendeu a ser conivente com tua distância permitida, sobrevivendo dos pingos esmolados de teus sorrisos, isso me faz bem ao coração embora minha alma desfaleça com rupturas e bradas costuras para emendar o sorriso feliz no contraste do olhar morto. Esse sou eu, um poeta!

Artur Cortez