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sábado, 30 de abril de 2011

SER POETA - poeta

SER POETA


Ser poeta é ter alma cativa
É buscar onde não existe
O sentimento que altiva
No sofrimento que persiste


Ser poeta é viver um sonho
Torna realidade em ação
Tudo em palavras proponho
Na capacidade da paixão


Ser poeta é viver de amor
E dele morrer sem sentir
Da flechada certeira indolor
Que alveja o peito a ferir


Artur Cortez

ALVOS PERDIDOS - poema

ALVOS PERDIDOS


Os ventos que trouxeram você
São os mesmo que me levam
Os desencontros de nosso olhar
Os desvios das nossas bocas
Mostra a distancia do coração
Outrora a quentura dos desejos
Hoje apenas o trato da obrigação
Perdido estamos em nós mesmos
Guardamos-nos um do outro
Sem entrega, sem aquela paixão
Somos corpos inertes sem velório
Apenas somos estranhos presentes
Que o passado nos legou ao futuro.


Artur Cortez

VICÊNCIA - poema em sextilhas

VICÊNCIA


É Vicência, paciência!
Nunca mais fui à igreja
Foi você que com peleja
Enfrentando meu humor
Decidiu com firmeza
Que pra igreja eu vou.


É Vicência foi dureza!
Substituir a ausência
Que a solidão me legou
Você se fez de menino
Em patama tão distinto
Das estórias que contou


É Vicência foram-se eras!
Mas lembranças alcançadas
De menino nas calçadas
Ao homem na solidão
Mas é certo que eu guardo
Você no meu coração.


Artur Cortez

ENTREGA PERFEITA - sextilha

ENTREGA PERFEITA


Eu vi uma entrega perfeita
Da areia com o mar.
Aos pouco a água invadia
O campo de areia macia
Nossa cama onde ardia
Nossos corpos a amar.


Artur Cortez

INTENSIDADE - soneto

INTENSIDADE


Chego com fome de você
Devoro-te com meu olhar
Na sede engasgo só em ver
O que me permite imaginar


Sem conter o que me preze
Não me contento na retina
Meu corpo onde tu se servi
Teu corpo minha palatina


Âmago que é estranho conter
Na sensação de gozo imenso
Entrega insana sem entender


Meu corpo por dentro a fazer
Delírio em transe suspenso
Em estouro racional e intenso


Artur Cortez

quarta-feira, 27 de abril de 2011

MONOLOGO DE UM ANJO - texto poético

MONOLOGO DE UM ANJO

Muitas vezes encontramos a solidão cercado de pessoas e a pior classe de solidão que existe é quando, ele tem a companhia de alguém inerte, imanifestado, pessoa que não entende o momento de aproximação e o desejo da solidão. A solidão é minha companheira e meu carrasco, meu importuno e divã, na busca perfeita de um sorriso sempre têm no fim a lágrima da solidão, poucos amigos e pouca conversam muita gente e pouca atenção, caminhos traçados e muita frustração, meu sarcástico humor é o resultado de índole boa com perfeição de pobreza espiritual, a solidão que, assola os sentimentos forma tempestades de improbo contesto e confuso entendimento próprio, em versos traduzidos, sou apenas um expoente do falar, a expressão da solidão estão em delineados e pobres poemas, ser trovador, poeta e cantador sem conhecer a solidão é encontrar o fracasso da verdade em versos escritos, apenas poeta, penitente da alma, espelho cristalino de sentimentos em versos torcidos de um latim coalhado de erros. Poesia e solidão casamento de perfeição coabitada de harmonia e sofrimento, perfeito par do negativismo humano, porém necessário e indisponível a uma trova, que seja a solidão companheira de madrugadas e estradas escuras, seguidora nos quartos abandonados de coleira da alma, seja eu e a solidão o par de meus versos e reversos, tropeiro sujo de utopias extra dimensionais, mas conhecedor de um sentimento, que é capaz de unir toda a sujeira sentimental e torna-se puro, belo e maior de todos os atos e sentimentos, palavra chave da retina perfeita chamada Amor.

Trecho da historia poética FLOR.COM UM CONTO DE AMOR

Artur Cortez






terça-feira, 26 de abril de 2011

POEMINHA MATUTO - poema em trova

POEMINHA MATUTO


No sertão de meu “padim”
Cabra também ama uma “fulô”
Faz tudo bem “direitim”
Como manda nosso “sinhô”


Primeiro só pega na mão
Não “disrespeita” a donzela
E demonstra sua paixão
Honrando a parte dela


Sempre troca seus “oía”
Com firmeza e demonstração
Leva a moça pra passear
Com “orguío” e distinção


“Bulinação” só “dispois” que casar
Ai também “num” para mais
É menino ate cansar
Pra matar de “orguío” os pais


Artur Cortez

domingo, 24 de abril de 2011

INSANOS CORPOS - poema

INSANOS CORPOS


Na tarde fria nosso amor ascende
Fica firme em brasa de fagueiro
Firma nossos corpos ardente
Como no cio de lobos armeiros


Teus braços envolvem meu corpo
Meu corpo devorando o teu
Nossos lábios em sussurro louco
Na loucura me chama de seu


Somos uma trupe em nosso palco
De sedento degusto pra quem ama
No chão, na mesa em qualquer canto
Nosso palco final sempre é a cama.


Artur Cortez

sexta-feira, 22 de abril de 2011

BOLERO - poema

BOLERO


Dois pra lá, dois pra cá
Nossos corpos deslizam
Dois pra lá, dois pra cá
Corpos que entronizam


Dois pra lá, dois pra cá
Como um só movimento
Dois pra lá, dois pra cá
Unidos em sentimentos


Dois pra lá, dois pra cá
A forma de um só querer
Dois pra lá, dois pra cá
Valsando sós, eu e você


Artur Cortez

domingo, 3 de abril de 2011

SONHOS PERDIDOS - poema

SONHOS PERDIDOS


Já não era como antes
Teu olhar não me seduzia
Nossas noites de amantes
Traduziram em noites frias


Hoje vivo dos desejos
De voltar à poesia plena
Onde descrevia teus beijos
E tudo valia à pena


Teu olhar me inspirava
Fazia-me sonhar acordado
Tudo em você eu amava
Estava eu por te apaixonado


Mas o sonho, porém acabou
Voltei para meu sertão
Deixando o que não vingou
O meu amor por tua paixão


Artur Cortez

UM OLHAR PERDIDO - poema

UM OLHAR PERDIDO


Quando olhei o firmamento
Meu olhar falou as constelações
Fiz um momento de silêncio
Voando em beijos de mil paixões


E vi o sol mergulhando no mar
Como quem não resiste à beleza
Na ânsia do desejo de amar
Fiz versos de saudade e tristeza


Esperei pra ver o tempo voltar
Mas a crueldade não é destino
Vi-me novamente a lembrar
Da felicidade de quando menino


E olhei em minha volta o vazio
E já não era o passado feliz
A cabeça de idéias era estio
No impulso daquilo que não fiz


Artur Cortez

sábado, 2 de abril de 2011

PARTIDA - poema

PARTIDA


Foi assim, mesmo assim!
Dessa forma chegamos ao fim
Sem lenço e sem medida
Acabou nossa paixão, fechou à ferida
E no fim sobraram lembranças
Dos beijos, abraços e das andanças
Enfim de tudo, eu e você!
Cada um em seu lugar a sofrer.


Artur Cortez

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A CASA - poema

A CASA


Casa vazia de cômodos grandes
Onde a presença faz tua falta
Os pensamentos vão avantes
Como um vento que traz a alma


Casa dos espíritos do passado
Reerguido em vãs lembranças
São passeios dos meus passos
No pó de minhas tristes andanças


Casa montada com os escombros
Do peso que trago nas costas
Montina o peso em meus ombros
Angustia traída e em vida posta


Casa do espelho de um passado
Refletindo a dor no meu presente
Com andanças que mutilaram
Na carga da dor que espreme


Artur Cortez