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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

SONETO DE UMA DOR - soneto

SONETO DE UMA DOR


Assim você foi de minha vida
Sem um adeus ou um aceno
Noite nebrascada de partida
Então chorei louco sem ameno

Com peito partido e perfurado
Ficou eu ao lado da fria solidão
Num canto qualquer largado
Se derramando sobre a paixão

Hoje ainda sofro de saudades
Ao te ver passando por mim
Sem revelar minhas vontades

Guardo-as com o meu querubim
Assim vou vivendo sem alardes
Esperando na vida meu triste fim

Artur Cortez

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