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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

QUARTA FEIRA DE CINZAS - poema

QUARTA FEIRA DE CINZAS

Chegou a quarta feira de cinzas
De um carnaval travado na paixão
Nas mascaras alçadas sem rimas
Turbulentos almote sem a razão


Meu bloco passou despecebido
Comigo de estandarte em punho
O sorisso na avenida é esquecido
Como um palhaço sem concunho

Angustia saudade de quem beijei
Sonoros frevos de trios em outrora
A mulheres mascaradas entreguei
Beijos de compasas das freviocas

Mas na luz da avenida que apagou
Com as paixões brilhantes de ouro
Colombinas de ressaca que limpou
Doces beijos dos mascarados tolos

Artur Cortez

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