ESPERANÇA NORDESTINA
A seca castiga esse lugar
A terra racha sem água pra beber
Os passarinhos buscam imigrar
No mais triste dos revoar
Na fome que se faz o mover
Em outrora os açudes cheios
Fartura no sertão a granel
Hoje resta somente o anseio
Do leite que sobrou no seio
Dessa terra que já foi o céu
No sertão quando a chuva cai
Brota da terra a verde vida
E quando a doce água se vai
O fruto da planta se esvai
E a terra se abre feito ferida.
O são João na seca é tristeza
Mas tem fogueira e o arrasta-pé
Na tradição tem comida na mesa
Renovando a esperança festeira
Desse Nordeste
que não perde a fé.
Artur Cortez
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