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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CAMINHO SEM FIM - poema

CAMINHO SEM FIM

Sou metade de uma luz
Sou alma em solidão
Apenas retrato do martírio
Espetado no coração


Sou aurora despertada
Em noites sem luar
Sou a saudade impregnada
Na memória de amar


Meu canto já não é forte
Meu peito tá imoral
O meu braço só acolhe
Sina de quem me fez mal


Sou pérfido de encosta
E lágrimas do silencio
Cômodo que fecha porta
Perdido no sentimento

Sou vida que não passa
E morte sem ter fim
Um bêbado de cachaça
Já não sei nem mais de mim


Artur Cortez

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