POETA DO SERTÃO
Não troco meus versos de matuto
Nem faço acordo com intelectual
Escrevo minhas rimas no absurdo
Digo o que faz bem e que faz mal
Minha faculdade foi feita no sertão
Com o sol queimando a moleira
A sede ardente no goela do “cão”
Comendo rolinha assada na fogueira
Não escrevo um “O” com meia coité
Mas canto versos de “improviso” ao luar
Corto meu rincão inteiro andando a pé
Sou “doutô” das letras desse lugar
Recebi o apelido do passarinho do sertão
Patativa é o cantor que canta na lá cerca
Seu “doutô deixa” eu cantar minha canção
Sou o poeta que canta os versos da seca
Artur Cortez
*Ao maior poeta popular do Brasil, Patativa do Assaré
2 comentários:
Muito bom
Muito bom
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