Powered By Blogger

Seguidores desse Blogger

sábado, 21 de janeiro de 2012

POETA DO SERTÃO - poesia matuta

POETA DO SERTÃO

Não troco meus versos de matuto
Nem faço acordo com intelectual
Escrevo minhas rimas no absurdo
Digo o que faz bem e que faz mal

Minha faculdade foi feita no sertão
Com o sol queimando a moleira
A sede ardente no goela do “cão”
Comendo rolinha assada na fogueira

Não escrevo um “O” com meia coité
Mas canto versos de “improviso” ao luar
Corto meu rincão inteiro andando a pé
Sou “doutô” das letras desse lugar

Recebi o apelido do passarinho do sertão
Patativa é o cantor que canta na lá cerca
Seu “doutô deixa” eu cantar minha canção
Sou o poeta que canta os versos da seca

Artur Cortez

*Ao maior poeta popular do Brasil, Patativa do Assaré