UM SONETO AO CORAÇÃO
Quando se calam as bocas os corações sofrem
O tempo parece senhor dos nossos destinos
E a plácida algaresma das dores que implodem
São vorazes caricaturas dos passados extintos
Nas sombras dos arvoredos escrevi minha historia
Senhora do meu sol em viagens dentro do Eu
Sou lembranças, sou saudade eu sou memória
De um retrato velho na parede que se perdeu
Minha estrada é o reflexo do que se passou
Para o futuro inserto do passado de quem me amou
No pisoteio lastimável do erguer-se humilhado
Onde aflora doce mel de nectas ricos de paixão
Que nasce o sol sobre meu peito iluminado
Ninho onde guardo segredos do meu coração
Artur Cortez
Nenhum comentário:
Postar um comentário