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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CONHECENDO A ALMA - texto

CONHECENDO A ALMA

Eu sou apenas rascunho do que pretende minha alma, nasci com o coração puro, mas fui corrompido pelo homem a ser malicioso, embora nos momentos, que meu coração ama, ele conseguiu vislumbrar o que é ser puro. Eu sou como a luz, que encandeia as trevas e tem o peso inerte, porém sou capaz também de tirar a visão com tanta luz ou mesmo confundir teus olhos como se fosse um cristal, enfim de tudo, fui apenas coadjuvante em tua vida, preparei a escada pra tua subida e hoje do alto de teu pedestal me soberba com tua atenção forçada. Eu sou como uma fogueira sem brasas ativas, apenas carvão pra incendiar teu fogo quando necessita, meu fogo é uma condição de chamas indolor, onde qualquer um atravessa e vive sem calor. Eu sou uma partitura sem a cadência harmônica da marcação, que sob a batuta é conduzido por câmara a uma sinfonia enaltecedora a sua vida e a minha como a música fúnebre na percussão do túmulo, findando-se como memória apenas os tiros da honra morta. Eu sou um detalhe esquecido no canto, que quando se faz preciso sou usado pra depois volta a ingnórbia ausência de tua lembrança, no fim como objeto largado me faço importante a escoria, que me acompanha e me eleger nobre dentre os plebeus de ralés. Eu sou apenas poeta que usa o desprezo de teu coração e transforma em versos, cujas lágrimas são incontidas ainda na alma, na vertente transformadora de saudades e risos, não que poeta seja desalmado, mas aprendeu a ser conivente com tua distância permitida, sobrevivendo dos pingos esmolados de teus sorrisos, isso me faz bem ao coração embora minha alma desfaleça com rupturas e bradas costuras para emendar o sorriso feliz no contraste do olhar morto. Esse sou eu, um poeta!

Artur Cortez

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