CAMINHO DA SECA
Sou nessa terra um herói
Aqui quando a seca destrói
O gado morre de fome
A estiagem açoita o homem
O espirito perde a paz
De tudo a gente faz
Pra tentar sobreviver
Pedindo a Deus pra chover
Pra terra poder nos dar
O que nela ele plantar
O rio rachado é só poeira
A cor cinza na capoeira
Quer toda terra manchar
De tanto sofrimento e chorar
Seu destino aponta o partir
E em outra trilha seguir
No rumo da impotente capital
Sem saber ali que mora o mal
Pois seu lugar que ainda mora
Não vai mendigar esmola
Por falta do que comer
Por isso sem medo de dizer
Com ou sem chuva no chão
Ainda prefiro meu sertão
O berço de meu lugar
Para minha vida tocar
Artur Cortez
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