RETRATO DA SECA
A beleza desse céu nublado
No gosto amargo de meu sertão
Onde revivo minhas saudades
Na melodia afinada da canção
A vista seca de ardente vontade
Cavando mau desejo ao coração
O lugar tá seco de pura maldade
Secando ate o ventre do ribeirão
Os homens aprenderam na seca
Mesquinhes de oprimir o irmão
E ganham na morte e no flagelo
O dinheiro que não vai ao caixão
Vendo o gado morrendo de fome
E meu povo pedindo esmola
A corrupção que veem e consome
Trazendo o adeus de ir “simbora”
Artur Cortez
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