O SEPULCRO DO POETA
Na palavra derradeira desse poeta
Apenas saudades que me arretam
De uma infância itinerante e vã
Entre os tios e avós, meus amores.
Dos sentimentos de fim dissabores
Onde a morte é o ato conclusivo
A concupiscência travada da alma
A lágrima que no momento acalma
O discurso épico do amor ativo
Onde somente o olhar comenta
E a dor no peito grita e lamenta
Pelo inerte corpo no madeiro caixão
Despedida poética do poeta ao chão
Artur Cortez
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