VIDAS EM CONTO
Quando o brilho de teu olhar incendiou
meu peito em desejo e teu sorriso me deixou desarmado, foi insana a vontade de
ir te ver, o amor se mostrou forte dentro de mim e tudo parecia outro plano
perante aquela incógnita situação, mas como era inevitável o encontro, pois o
coração exigia, a mente passou a obedecer a luxuria desencadeada da paixão me levou
ate você. O encontro foi como se o mundo parasse num único momento e meu olhar
tosto enfeitiçou-se com o teu, sem uma única palavra nossas boca se tocaram e
falaram tudo, num caprichado momento não houve espera, nossos corpos eram
apresentados ao supremo momento de aconchego dos delírios e a noite, e a
madrugada e os dias eram poucos para nós, meu corpo te buscava na distancia e
teu corpo era a entrega da submissão permitida. O tempo passava e entre o
desejo a loucura e a distancia, você era o horizonte a ser buscado, a vontade a
ser consumida e o ego desconhecido de minha estrada, esse desconhecido entrou
na minha vida cavou fundo nas crateras remexidas de minha alma, num momento
extremo houve um grito de alerta onde se ascendem as lanternas que iluminam o
caminho e o traço de nossa vista turva, entre dias longos e cansativos a
distancia voltou a existir e a sede do desejo enlouquecido voltou a sanidade,
trazendo consigo o falecimento do olhar e a perca do sorriso, nos tornamos
estatuas de alma e corpo, sórdidos e frios como são as pedras, a verdade do
fogo descoberto cedeu ao inverno boreal nortista irlandês. Somos o encontro sem
palavras o toque sem o sentido e o abraço esquecido passou a expoente da historia,
perdido entre dois mundos somos apresentados como dois estranhos, teu olhar
fundamento de nosso primeiro encontro hoje nem sombra é do sorriso inspirador de
poemas e contos. Corpos ardentes, hoje nem brasas em decomposição conseguem
ser, caminhos em “V” sem paralelo sem cruzamento apenas rumos opostos e ideia
de novas vidas, uma ao retorno inicial e outro a retomada do recomeço, apenas
um coração leva consigo a sombra penitente do amor vivido e como a canção diz “Por
muito tempo em sua vida eu vou viver”, mas viver de forma a reconstruir todo
estrago, que esse ponto final veio destruir.
*Parte do “conto flor.com - uma
historia de amor”
Artur Cortez
Um comentário:
isso é vida real. adorei!
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