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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

UM SONETO À CONCEIÇÃO - soneto

UM SONETO À CONCEIÇÃO


A voz do poeta se cala
E o silêncio se faz reinar
Como escravo na senzala
Apenas lagrímas à falar


O poeta chora a desilusão
Com o penar feito amarras
Salustia forte no coração
O tempo que em si arrastas


Hoje um poeta sem rimas
Sem você o amparo da vida
Eras a deusa mulher divina


Do poeta à dádiva querida
Ao mundo mulher-menina
Do poeta fostes a preferida


Artur Cortez

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