MINHA NORMALISTA
Era sempre à tardinha
Que a menina de trança vinha
Com livros empilhados no peito
Com saia de pregas encarnadas
Sorrindo sempre do mesmo jeito
Encantando-me com sua caminhada
A pela avermelhada e branquinha
Menina em flor perfumada
Desfilando suave sob a calçada
Na trança uma bela fitinha
Normalista que me tenta a pecar
No mais intimo afago de sonhar
Artur Cortez