MEU LUGAR, MEU SERTÃO.
Sou cantador do meu sertão
Em trovas, emboladas e côco.
Faz-se moda em meu violão
Cantando a vida de meu povo
Ensino historia no cordel
Estórias às vezes bem mentidas
Vou do inferno ao céu
Com minhas formas atrevidas
Faço repentes em cantorias
Em versos e reversos improviso
Não sou o dono da sabedoria
Meus trotes são sem aviso
Canto as coisas do meu lugar
Quando a saudade vem bater
As lágrimas vêm molestar
E as lembranças vêm “mim” doer
Sou da terra de um sol forte
Que incomoda minha cuca
Sou um valente desse norte
Minha cabeça não caduca
O meu rincão lindo e abençoado
Meu Cedro é meu coração
Meus versos pro meu lugar amado
O refúgio aberto da imaginação
Artur Cortez
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